O poema “Amor e Medo” de Casimiro de Abreu reflete a dualidade entre o sentimento do amor e o medo de perdê-lo, temas comuns no Romantismo, especialmente no ultra-romantismo, do qual o poeta fazia parte. Casimiro é conhecido por sua sensibilidade ao tratar de emoções juvenis, e neste poema, ele apresenta o amor como uma força arrebatadora, mas também geradora de temor e incerteza.
O eu lírico revela que, junto ao sentimento de amor, surge o medo da perda, da separação ou da impossibilidade de manter essa afeição. O medo, nesse contexto, está intimamente ligado à fragilidade do amor e ao receio de que a felicidade que ele proporciona seja temporária ou frágil. A obra é marcada por uma linguagem simples, mas profundamente emotiva, caracterizando os sentimentos contraditórios do sujeito poético.
Essa oscilação entre o êxtase amoroso e o receio reflete a condição humana frente às emoções intensas, e o poeta capta com precisão o conflito interno entre o desejo de viver o amor plenamente e o medo das consequências que ele pode trazer.
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