Interpretação com simulado Prova Paraná
D17 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas pelo uso de elementos linguísticos
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- (SAERO). Leia o texto abaixo.
Agora só falta elas voarem
As magrelas não são mais as mesmas. Elas continuam tendo duas rodas, pedais, guidão, selim e quadro, mas evoluíram tanto que hoje estão a anos-luz das bicicletas que animaram a infância de qualquer jovem de 20 anos. A propósito, faz exatamente 20 anos que o americano Gary Fisher promoveu uma mudança radical nesse mundo das duas rodas. Nas pacíficas montanhas de Marin County, na Califórnia, Estados Unidos, ele construiu a primeira mountain bike, um modelo robusto de bicicleta, preparado para enfrentar todo tipo de terreno. De lá para cá, elas incorporaram tantas evoluções, que passaram a impulsionar os avanços dentro das fábricas de bicicletas em todo o mundo.
Globo Ciência. São Paulo, Globo, n. 31, out. 1994, p. 51-52.
Nesse texto, a expressão “faz exatamente 20 anos” dá ideia de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
2. (AvaliaBH). Leia o texto abaixo:
O velho escravo
Um velho escravo, já coxo e meio cego, voltava para o sítio quando o sol ia se pondo no horizonte. Repentinamente, ouviu um rugido que o deixou amedrontado. Era um leão que, de dentro da mata, o acompanhava espreitando-o como um gato persegue um rato.
Já era noite e o sítio ainda estava longe. Ao chegar em uma colina que terminava num grande precipício, sentou-se à beira dele, pois suas pernas não suportavam mais o peso de seu corpo. Além disso, julgava estar mais a salvo, naquele lugar.
Como era noite sem estrelas nem lua, mas escura como breu, o velho teve a ideia de colocar seu chapéu e paletó na ponta do cajado, cravado no chão.
E deitou-se ao lado, já sem forças físicas. O leão, que o seguira de mansinho, aproximou-se do local e, como estava muito escuro, pensou que o vulto, que via em pé, era o do velho escravo.
Num salto felino, jogou-se sobre o improvisado espantalho. Como estava rente ao precipício, rolou morro abaixo, indo parar no fundo do abismo que a própria natureza lhe preparara.
O velho pôde, assim, dormir tranquilo a noite toda para, na manhã seguinte, prosseguir na sua caminhada, agora sem a ameaça da fera.
4 estações/ Verão, Erechim/RS: Edelbra, 10 de janeiro. Fragmento.
3. Leia novamente o trecho.
O leão, que o seguira de mansinho, aproximou-se do local… A expressão destacada possui sentido de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
3. Leia o texto e responda.
Goiabada
Carlos Heitor Cony
Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara de goiabada.
Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.
[…]
Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.
[…] O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada, desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias, olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm
No trecho “Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas […]”, o termo sublinhado:
A) acrescenta uma informação à anterior.
B) explica a ideia anteriormente citada.
C) se opõe ao que foi dito anteriormente.
D) oferece uma alternativa ao fato citado.
4. Leia o texto para responder a questão abaixo:
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?” “Não, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava”.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1997.
No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em destaque refere- se ao seguinte termo do 1° parágrafo:
A) cravina
B) gerânio
C) girassol
D) homem bonito
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